Museu pra chamar de meu

Em dois anos de existência, mais de 17 mil pessoas já visitaram o Museu Francisco Coelho, que conta história de Marabá de forma lúdica e interativa 

Inaugurado no dia 7 de agosto de 2020, o Museu Municipal Francisco Coelho está localizado no Palacete Augusto Dias, no Bairro da Marabá Pioneira, em Marabá.

O edifício, inaugurado em 1939, é um marco arquitetônico do período do ciclo da castanha-do-pará. O prédio, onde hoje está instalado o museu, já serviu como sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do município.

Totalmente restaurado, o Museu Municipal leva o nome do fundador da cidade como forma de homenagear Francisco Coelho, o comerciante maranhense, natural de Barra do Corda, que chegou à região no final do século XIX.

Exatamente no ano de 1898, Coelho pousou na faixa de areia entre os rios Itacaiunas e Tocantins e implantou um ponto comercial denominado ‘Casa Marabá’, dando início ao povoamento do bairro, que mais tarde também viria a ganhar o seu nome.

Com um acervo histórico rico em detalhes, a tecnologia e a antiguidade se misturam e formam uma experiência única aos visitantes. Dividido por temáticas, o Museu Municipal conta a história de Marabá e região através dos ciclos econômicos, etnologia, arqueologia, espeleologia, geologia, botânica e lendas regionais.

Mantendo a arquitetura original do prédio, o espaço é uma volta ao passado embalado com os dias atuais. Grande parte do acervo que está no museu foi doado pela Fundação Casa da Cultura de Marabá.

Todos os visitantes são acompanhados por educadores museais – estudantes de História da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – que realizam a mediação do espaço, oferecendo leituras historiográficas regionais. Durante o passeio é feita uma imersão na história e cultura local para que o visitante fique totalmente conectado com a história de Marabá.

O museu a ‘Loja do Chico’, onde os visitantes podem adquirir produtos artesanais, livros, camisas e lembranças da cultura local. Também é possível experimentar das delícias do ‘Café do Seu Chico’, uma lanchonete que oferece bolos, doces e salgados aos visitantes, que podem aproveitar o jardim do prédio para lanchar e tomar um café.

Outra novidade é que o prédio possui um elevador para permitir o acesso de cadeirantes ao segundo piso. Além disso, as etiquetas informativas na porta de cada sala possuem informações em braile para contemplar visitantes com deficiência visual.

Inaugurado no dia 7 de agosto de 2020, o Museu Municipal Francisco Coelho está localizado no Palacete Augusto Dias, no Bairro da Marabá Pioneira, em Marabá.

O edifício, inaugurado em 1939, é um marco arquitetônico do período do ciclo da castanha-do-pará. O prédio, onde hoje está instalado o museu, já serviu como sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do município.

Totalmente restaurado, o Museu Municipal leva o nome do fundador da cidade como forma de homenagear Francisco Coelho, o comerciante maranhense, natural de Barra do Corda, que chegou à região no final do século XIX.

Exatamente no ano de 1898, Coelho pousou na faixa de areia entre os rios Itacaiunas e Tocantins e implantou um ponto comercial denominado ‘Casa Marabá’, dando início ao povoamento do bairro, que mais tarde também viria a ganhar o seu nome.

Com um acervo histórico rico em detalhes, a tecnologia e a antiguidade se misturam e formam uma experiência única aos visitantes. Dividido por temáticas, o Museu Municipal conta a história de Marabá e região através dos ciclos econômicos, etnologia, arqueologia, espeleologia, geologia, botânica e lendas regionais.

Mantendo a arquitetura original do prédio, o espaço é uma volta ao passado embalado com os dias atuais. Grande parte do acervo que está no museu foi doado pela Fundação Casa da Cultura de Marabá.

A próxima sala é a do Núcleo de Etnologia, que apresenta uma projeção de um indígena falando sobre sua experiência na aldeia. Um verdadeiro encontro da tecnologia com os povos originários.

A penúltima sala é a da Arqueologia, que traz elementos com datações do século VII e artefatos dos principais sítios arqueológicos da região.

A última sala é a mais lúdica e que encanta crianças e adultos. A sala das lendas destaca a Boiuna, o Nego d´água, a Porca de Bobes, o Saci Pererê e muitos outros personagens do folclore regional.

No último andar existe também a sala de exposição temporária, que é dedicada aos artistas locais, com o objetivo de oportunizar mais visibilidade para o trabalho da prata da casa. Geralmente, as exposições nessa sala ficam pelo período de dois meses.

“No tempo dos pioneiros de Marabá, o café era a primeira, a última e a melhor bebida do dia. E você, aceita um cafezinho aí?”.

É essa frase que os visitantes do Museu Municipal Francisco Coelho encontram ao adentrar o “Café do Seu Chico”, espaço destinado a uma lanchonete dentro do museu.

Aconchegante e acolhedor, o “Café do Seu Chico” oferece tortas, pizza, salgados, bolos, doces, sucos e um delicioso café. Com mesas e cadeiras na parte interna e externa, o visitante pode escolher onde prefere lanchar.

O local virou ponto de encontro para a família e amigos se reunirem para saborear os quitutes e aproveitar os encantos do jardim do museu.

A última sala é a mais lúdica e que encanta crianças e adultos. A sala das lendas destaca a Boiuna, o Nego d´água, a Porca de Bobes, o Saci Pererê e muitos outros personagens do folclore regional.

No último andar existe também a sala de exposição temporária, que é dedicada aos artistas locais, com o objetivo de oportunizar mais visibilidade para o trabalho da prata da casa. Geralmente, as exposições nessa sala ficam pelo período de dois meses.

“No tempo dos pioneiros de Marabá, o café era a primeira, a última e a melhor bebida do dia. E você, aceita um cafezinho aí?”.

É essa frase que os visitantes do Museu Municipal Francisco Coelho encontram ao adentrar o “Café do Seu Chico”, espaço destinado a uma lanchonete dentro do museu.

Aconchegante e acolhedor, o “Café do Seu Chico” oferece tortas, pizza, salgados, bolos, doces, sucos e um delicioso café. Com mesas e cadeiras na parte interna e externa, o visitante pode escolher onde prefere lanchar.

O local virou ponto de encontro para a família e amigos se reunirem para saborear os quitutes e aproveitar os encantos do jardim do museu.

Nas dependências do Museu Municipal Francisco Coelho está localizada a “Loja do Chico”, que dispõe de produtos relacionados à temática regional, como artesanatos, camisas, canecas, bolsas, livros e objetos de decoração.

Os visitantes, principalmente turistas de outras regiões, ficam encantados com a diversidade e qualidade dos produtos ali oferecidos.

A loja é referência para quem deseja presentear amigos, com ótimas opções de presentes regionais.

Nas dependências do Museu Municipal Francisco Coelho está localizada a “Loja do Chico”, que dispõe de produtos relacionados à temática regional, como artesanatos, camisas, canecas, bolsas, livros e objetos de decoração.

Os visitantes, principalmente turistas de outras regiões, ficam encantados com a diversidade e qualidade dos produtos ali oferecidos.

A loja é referência para quem deseja presentear amigos, com ótimas opções de presentes regionais.

Questionado sobre a sala que mais surpreende e chama a atenção dos visitantes, o educador museau afirma que é a sala da zoologia, por conta do aparato tecnológico. Contudo, a sala das lendas mexe com o lado afetivo e lúdico das pessoas. “A gente percebe o quanto é importante essa formação cultural aqui da nossa região. É uma sala que o adulto se reconhece e as crianças acabam contando, por exemplo, uma outra versão da história da porca de bobes. É uma sala que pega pelo lado afetivo”.

Para Mota, a história de Marabá é pautada nos imigrantes. E para ele, moradores com mais de dez anos já são considerados marabaenses, e quando entram no museu ficam deslumbrados. “Estamos aqui pra mediar uma conversa, e quando eles vêm começam falando de situações que vivenciaram. A gente sente falta da comunidade aqui dentro, seja visitando ou participando das atividades culturais que realizamos, como o Entardecer no Museu e o Giro Cultural. Queremos que as pessoas abracem esse espaço mais ainda”.

Inaugurado em plena pandemia, o processo de composição do projeto do Museu Municipal começou muito antes do coronavírus. Para Wânia Gomes, diretora do Francisco Coelho, toda a equipe fez uma verdadeira imersão no trabalho. “Entramos no prédio quando ele havia acabado de ser restaurado. Uma equipe gigante participou de todo o projeto, e a Fundação Casa da Cultua de Marabá foi responsável por isso. A Vanda Américo teve esse olhar de fazer um museu interativo e moderno, mas também com um olhar nativo”, comemora.

Com a pandemia, a diretora conta que bateu um questionamento de como seria a inauguração com todas as restrições que o momento exigia. “Chegou o grande dia e foi um sucesso, de público e de crítica. O prédio, da década de 1930, foi transformado no museu da cidade e conta toda a nossa história, do passado e do presente. Contudo, você não tem dimensão de onde isso vai chegar. Hoje, passados dois anos, a gente vê essa intensidade. As pessoas chegam e se emocionam. Muita gente vem aqui pela terceira, quarta vez, e os números do museu impressionam”.

Com mais de 17 mil visitantes – em pleno período de pandemia – nos últimos dois anos, o museu superou as expectativas. “Cada visita é muito importante pra gente. E o Museu Municipal é um presente para a cidade. A gestão do município teve sensibilidade e abraçou esse projeto e hoje boa parte dos visitantes também é um pouco educador museau porque ela se reconhece na história”, avalia Wânia.

Questionada sobre o que o MMFC tem de diferente, a diretora conta que ele é uma mistura do moderno e do tradicional, que flerta com a interatividade e com objetos antigos. “É encantador!”, sustenta.

Em relação aos marabaenses, a diretora admite que sente falta do marabaense dentro do museu. Para ela, é preciso que o povo, de fato, se aproprie do Museu Municipal e vá visitar. “Sentimos falta, e quando esse marabaense vem ele é muito festejado, porque contribui e faz relatos emocionantes de histórias que vivenciou”, finaliza, agradecendo a oportunidade de trabalhar nesse projeto.

Não importa se é a primeira vez ou a quarta vez, quem visita o museu sempre se encanta e se emociona com o local. Seja pela estrutura, pelo acervo, pela tecnologia ou pelo encantamento da parte lúdica… o Museu Municipal Francisco Coelho consegue unir gerações em uma sala e deixar todos de olhos e ouvidos atentos a cada imagem e informação.

Retratando a história da região de forma encantadora, os visitantes aproveitam cada espaço do prédio. “Revivi momentos da minha história. Me lembrei muito. Foi um privilégio estar aqui e ter conhecido esse museu. Fiquei emocionado”, diz Edmilson de Vasconcelos, um dos milhares de visitantes.

Considerada a casa dos artistas marabaenses, o museu está de portas abertas para quem deseja fazer cultura e se alimentar de tudo o que o ele tem para oferecer.

 

O museu nasceu no momento em que estava sendo construído o novo prédio da Câmara Municipal de Marabá. Vanda Américo, vereadora licenciada e atual presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, relembra que naquele momento foi elaborado um projeto e ficou definido que no Palacete Augusto Dias seria instalado um museu municipal.

“Foi um espaço muito bacana da minha vida. Em nenhum momento pensei que faria esse trabalho. Conheço aquele prédio desde criança. Depois, vivi lá dentro por 20 anos como vereadora, e ver aquele lugar sendo deteriorado, sem teto, era triste demais. Em 2017 começamos a trabalhar no processo de restauração do espaço físico, que foi muito delicado”, conta.

Após muito trabalho de uma equipe de dezenas de profissionais, Vanda se orgulha do resultado final e se emociona todas as vezes que entra no Museu Municipal Francisco Coelho e dá de cara com a revoada dos pássaros e com os dois quadros de Pedro Morbach que retratam dois períodos importantes da região: a abertura da Transamazônica e a abertura da Belém-Brasília.

“Aquela revoada te guia. Já fui ao museu diversas vezes, mas toda vez que eu visito parece que estou vendo pela primeira vez”.

Vanda ressalta que outro ponto muito importante que faz o MMFC ser mais especial são os colaboradores. Para ela, a equipe que trabalha no prédio vestiu a camisa e está empenhada em cuidar de cada sala e de oferecer a melhor experiência aos visitantes.

Questionada sobre qual sua sala preferida do museu, a presidente da FCCM não sabe responder. Sorri e diz que gosta de todas. “Não dá pra dizer que eu gosto de uma só, vejo em cada canto um acervo da cidade, da história, os bichos, a caverna que é uma coisa que me toca. Não dava pra ser uma caverna descontruída como o arquiteto queria, ela tinha que ser real. Todo mundo contribuiu muito para viabilizar tudo no museu”, ressalta.

Para ela, o museu é um espaço de todos e precisa ser apreciado pelo povo marabaense, não só pelo adulto, mas pelas crianças também.

“Nosso museu não é grande, mas é completo. Ele tem de tudo um pouco e retrata muito bem a história da nossa cidade e região. Mostra nossas riquezas e valores. Essa experiência não tem preço. Tentamos fazer o melhor, todo mundo que trabalhou nesse projeto deu o melhor pelo museu da nossa cidade. Gratidão pelo reconhecimento, e isso é muito bacana. Valeu a pena. Quem entra gosta do que vê. E se me pedissem de novo pra fazer, eu faria com a mesma equipe. Foi muito bacana!”, finaliza Vanda, emocionada.

Resgatando e fortalecendo a cultura do marabaense, o evento Entardecer no Museu leva para a área externa do prédio crianças, jovens e adultos, para um final de tarde embalado por música e poesia.

O evento, que já teve duas edições, está no calendário do Museu Municipal Francisco Coelho e tem o objetivo de valorizar os artistas locais, músicos, poetas e a sociedade em geral, que podem mostrar seus talentos e interagir com a arte.

Considerado como a casa dos artistas marabaenses, o MMFC é o local para reencontrar amigos e respirar música, cultura e arte.

Para Wânia Gomes, diretora do espaço, o evento é um divisor de águas na cultura de Marabá. “Demos esse pontapé inicial, que já se tornou grandioso. Nossa cidade merece eventos assim e as pessoas estão aproveitando. Isso faz com que a gente reafirme nosso trabalho de que estamos no caminho certo”.

Durante o Entardecer no Museu, que é uma espécie de sarau, o microfone fica liberado e qualquer pessoa pode declamar uma poesia ou cantarolar uma música. E isso, emociona e atrai um público de diferentes faixas etárias.

Para a presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Vanda Américo, esses eventos precisam acontecer mais vezes para que o povo marabaense crie o hábito de ir ao museu no final da tarde, seja para curtir uma música, ver o entardecer do sol tomando um café ou apenas ir sentar no jardim e apreciar o vento esbarrar no rosto.

“A cultura é um alimento, e a gente precisa utilizar todas as ferramentas que temos no município de Marabá. Precisamos ter uma programação cultural. O museu precisa ter vida, ter essa energia e esses eventos. Aqui contamos a história de Marabá e região de uma forma linda, majestosa, poética, contemporânea e interativa”, diz Vanda.

Uma das características do Entardecer no Museu é o clima agradável que envolve escritores, poetas, músicos, estudantes universitários e crianças.

Com o objetivo de resgatar a cultura popular da cidade e mostrar, principalmente, para as crianças e jovens sobre a importância de fortalecer a história de Marabá, nasceu o Giro Cultural do Museu.

Durante três dias, o Museu Municipal Francisco Coelho abriu suas portas para celebrar e mostrar a cultura ao povo marabaense com uma extensa programação.

Para a presidente da FCCM, Vanda Américo, é fundamental que se faça cultura na cidade, e o Giro Cultural é um grande passo para que as manifestações artísticas de Marabá sejam reconhecidas e aplaudidas.

“Um povo sem cultura é um povo sem história. Precisamos homenagear personalidades que fizeram e fazem parte da história de Marabá, e precisamos homenagear em vida, 

reconhecendo a contribuição que deram para o desenvolvimento de um povo”, diz Vanda Américo.

A primeira edição contou com homenagens ao Divino Espírito Santo. Na ocasião, foi lançado o livro “Festa do Divino Espírito Santo”, que contou com a presença e a participação dos 17 Divinos do município. 

Além disso, o Giro Cultural levou para as ruas da Marabá Pioneira centenas de pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Elas percorreram as ruas do entorno com chapéus de palha enfeitados com fitas coloridas. Os músicos da Banda Waldemar Henrique se apresentaram junto com o Boi Marabazim e as lendas amazônicas.


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Publicado em 8 de agosto de 2022

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EDITOR GERAL:

Ulisses Pompeu

Reportagem:

Ana Mangas

imagens:

Cristofer / Duo Produtora / Jambu Filmes

Edição de vídeo:

Cristofer Bino

Web Designer

Dihon Albert

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